Senadores de MT recusam CPI para investigar só Bolsonaro e querem prefeitos e governadores inclusos

Os senadores mato-grossenses assinaram a criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado Federal. A Comissão vai investigar ações e eventuais falhas do Governo Federal, além de estados e municípios no enfrentamento ao novo coronavírus.

A CPI foi criada após uma determinação do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e apura apenas as ações do Governo Federal. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), já sinalizou que esta CPI será adicionada a outro pedido de abertura de CPI, feito pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que estende as ações aos governadores e prefeitos.

O que dizem os mato-grossenses

Jayme Campos (DEM) afirmou ter assinado a criação da CPI do senador Girão.

“Vamos analisar como faltou oxigênio em Manaus, a falta de vacinas e etc. Vamos apurar os pontos em que houve falhas do governo federal, mas evidentemente também onde houve falha dos estados e municípios”, explica.

Para o senador Carlos Fávaro (PSD), este não era o momento ideal para que uma CPI fosse instalada.

“Precisamos concentrar esforços no combate a pandemia. Mas já que existe uma decisão judicial a ser cumprida para a criação da CPI da Covid-19, defendo que essa Comissão Parlamentar de Inquérito tem que ser técnica e séria, sem espaço para a politicagem. Por isso, precisamos apurar todas as suspeitas de improbidade nas três esferas, federal, estadual e municipal”, disse.

Wellington Fagundes (PL), segue na mesma linha, acreditando que o país passa por um momento crítico relativo a pandemia.

“Continuo acreditando que este não é o melhor momento para uma CPI, pois precisamos nos dedicar neste momento a combater a pandemia de maneira unida. Mas existe uma decisão judicial a ser cumprida para a criação da CPI da Covid-19. Portanto ao meu ver, tem que se apurar TODAS as suspeitas de improbidade no país, seja em âmbito federal, quanto estadual e municipal”, explicou.

Uma CPI tem poder de convocar pessoas para prestarem depoimento, solicitar análise de documentos, determinar diligências e ouvir testemunhas. O objetivo principal, neste caso, é localizar falhas no enfrentamento a covid-19 no país e as possíveis responsabilidades.

Imagem: Reprodução

 

 

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