Delegado: “Creio em absolvição; falei o que a sociedade queria”
O delegado da Polícia Civil Flávio Stringueta afirmou que acredita que a Justiça de Mato Grosso irá apontar sua inocência pelos supostos de crimes de calúnia, difamação e injúria contra promotores de Justiça de Mato Grosso.
Strigueta se tornou réu no dia 14 de abril após o juiz João Bosco Soares da Silva, da 10ª Vara Criminal de Cuiabá, aceitar a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual (MPE-MT).
Conforme a denúncia, o delegado escreveu o artigo “O que importa nessa vida”, publicado em fevereiro deste ano em diversos veículos de comunicação, em que atribuiu condutas criminosas a promotores. Na publicação, o delegado afirmava não existir “instituição mais imoral que o MPE-MT”.
O delegado apontou que a ação não o intimida e mas que não gostaria de ser condenado.
“Não gostaria de ser condenado, mas não temo. Acredito na minha absolvição, porque a única coisa que fiz foi falar o que a sociedade queria e não tem espaço para falar”, disse o delegado em live realizada pelo MidiaNews.
“Eu, felizmente, ainda tenho espaço na imprensa. E enquanto eu ver situações como esta, enquanto instituições como o MPE me derem instrumentos para criticar, eu vou criticar”, emendou.
Segundo ele, os crimes imputados a ele – injúria, calúnia e difamação – são considerados de menor potencial ofensivo, e por isso uma possível condenação não o atrapalharia enquanto delegado da Polícia Civil.
“A pena para esses crimes é ínfima, não gera prisão, nem consequências para minha carreira. Até porque eu tenho confiança na Justiça e eles irão analisar como eu estou analisando: que não houve ofensa nenhum membro do MPE especificamente”, disse.
Denúncia do MPE
A denúncia do MPE, assinada pelo promotor Marcos Regenold, foi proposta no dia 6 de abril.
Nela, o promotor apontou que Stringueta “ciente da ilicitude e reprovabilidade de seus atos, caluniou, difamou e injuriou […] membros do Ministério Público, em razão de suas funções e por um meio que facilita a divulgação, qual seja, a internet”.
Para Regenold, os ataques proferidos pelo delegado podem ter motivações eleitoreiras para 2022.
“O mote de tal conduta possivelmente reside no fato do denunciado ter pretensões políticas de se candidatar nas próximas eleições e adotou a tática de proferir reiteradas ofensas a dignidade e a honra dos membros do Ministério Público”, disse.
Veja vídeo:
Por MDN
Fotos: Reprodução