O advogado Demilton Péricles de Araújo é apontado como “líder e mentor” do esquema de emissão de diplomas falsos em Cuiabá, com ajuda de outas 14 pessoas – empresários entre elas. Todos tiveram o pedido de prisão feito pelo Ministério Público, que deflagrou a operação Zircônia, na quinta-feira (27).
Além de Demilton, eram ‘cabeças’ o empresário Clenilson Cássio da Silva – sócio das pessoas jurídicas utilizadas na prática dos crimes; Maria Madalena Carniello Delgado – sócia das empresas, mas também se apresentava como coordenadora e professora aos alunos; Victor Hugo Carniello Delgado – sócio, mas também se identifica como reitor.
Outros alvos tinham cargos nas empresas falsas ou atuavam na captação de ‘alunos’. O bando usava o nome da faculdade Uninter indevidamente, se passando por empresas reconhecidas pelo Ministério da Educação (Mec).
Operação Zircônia
O Grupo de Atuação Especial de Combata ao Crime Organizado (Gaeco), apontou que aproximadamente 130 diplomas e 110 históricos escolares falsos foram gerados para dezenas de estudantes por quase um milhão de reais.
Na quinta-feira (27), durante a operação, foram cumpridos 35 ordens judiciais,além dos bloqueios bancários. Com início em meados de 2019, no decorrer da investigação dezenas de ex-alunos foram intimados e ouvidos no Gaeco, ocasiões em que os diplomas, históricos escolares e certificados de conclusão de curso superior expedidos fraudulentamente pela organização criminosa, utilizando-se de nomes de outras Instituições de ensino superior, foram apreendidos.
Conforme informações do Gaeco, a investigação demonstrou que a organização criminosa ofertava e ministrava, em nome dos estabelecimentos de ensino sediados em Cuiabá, cursos de nível superior – geralmente Tecnólogo em Gestão Pública e Bacharelado em Administração – sem a devida autorização do Ministério da Educação (MEC).
Imagem: Divulgação
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