Barbudo fala em “aberração” e quer que presidente vete “fundão”

O deputado federal Nelson Barbudo (PSL) defendeu que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vete o aumento do fundo eleitoral, de R$ 5,7 bilhões, previsto dentro do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2022 aprovado na última semana pela Câmara Federal.

O valor do novo fundão é quase o triplo do que foi praticado nas eleições municipais de 2020, que era de R$ 2 bilhões. Barbudo foi um dos seis deputados federais de Mato Grosso que votou a favor da LDO, mas disse ser contra a ampliação da verba.

“Eu considero uma aberração. R$ 6 bilhões para campanha política? Me respeita, tenha dó”, afirmou.

“A solução mais lógica para esse imbróglio, agora, é o presidente vetar. Ele tem esse poder. Vetando, ela volta para a Câmara e acontece uma votação nominal. Aí o povo brasileiro vai ver quem é a favor e quem é contra”, completou.

 

Na mesma toada do presidente Jair Bolsonaro, que nesta semana disse estar indignado com o aumento e o classificou como uma “casca de banana”, Barbudo diz que a base aliada se viu de mãos atadas em razão de uma “manobra” do deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), que presidia a sessão da Câmara no momento da votação da LDO.

 

“O Partido Novo pediu a retirada e o deputado Marcelo Ramos não acatou o pedido para tirar o destaque e votar separadamente. Ele atropelou e não tirou. Aí ficou tudo embutido”, justificou.

 

Conforme o parlamentar  bolsonarista, caso reprovassem a LDO em razão do fundão, os aliados estariam prejudicando sobremaneira o Governo Federal.

 

“Se a base aliada  do governo, que é maioria, votasse não, nós quebraríamos a espinha dorsal do Governo para 2022 e o Bolsonaro ficaria sem orçamento”, argumentou.

 

Votação

A sessão que aprovou a LDO ocorreu no dia 15 deste mês. Votaram a favor da ampliação: Emanuelzinho (PTB), Leonardo Albuquerque (SD), Juarez Costa (MDB), Nelson Barbudo (PSL), Neri Geller (PP) e Valtenir Pereira (MDB).

A única contrária, da bancada de Mato Grosso, foi a deputada Rosa Neide (PT). Já José Medeiros (Podemos) não compareceu à sessão.

Imagem: Reprodução

Informações: MidiaNews

 

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