Canoísta de MT: “Lutei até o final, fiz o que podia, mas não deu”

A canoísta mato-grossense Ana Sátila se disse “decepcionada” após perder a final da disputa de canoa individual nas Olimpíadas de Tóquio. Ela usou as redes sociais para pedir desculpa pelo desempenho e para agradecer a família, patrocinadores e ao público que a apoiou.

 

“Ainda sem palavras, mas tenho muito a agradecer a cada um que torceu. Vocês são incríveis! Peço desculpa por não ter conseguido dar o meu melhor hoje, eu lutei até o final e coloquei tudo que eu podia na minha performance, infelizmente não aconteceu como eu queria”, afirmou.

 

 

Já em entrevista à Folha de São Paulo, Ana afirmou que uma de suas dificuldades foi ainda na preparação para os jogos, pois a mato-grossense não tinha um treinador até três meses antes da competição. “Infelizmente, não tinha um técnico disponível”.

 

Sem esse apoio, a canoísta teve a ajuda do namorado, Mathieu Desnos, que também era atleta de canoagem e conseguiu instruir Ana para que pudesse dar o melhor de si nas Olímpiadas.

Apesar do resultado negativo, a atleta destacou que estava muito feliz e confiante até o momento de iniciar a final. No entanto, na briga pela medalha a mato-grossense acabou levando penalidades ao tentar melhorar seu tempo.

Como consequência a atleta terminou no último lugar entre as dez finalistas, com o tempo de 164.71 segundos. “Estou muito triste, muito decepcionada, estava me sentindo tão bem antes da final. Lutei muito”, disse.

Ana também destacou a pressão que é participar das Olimpíadas representando todo o país. “Você acaba colocando o peso do mundo inteiro nas suas costas”.

 

A mato-grossense disse que enfrentou muitos desafios para chegar até Tóquio e que focará para olhar para frente e, dessa forma, poder se recuperar o quanto antes.

 

Melhor campanha

 

A mato-grossense chegou confiante para a final, após se classificar em terceiro na semifinal, no centro Kasai de canoagem.

 

Ana, de apenas 25 anos, foi a primeira brasileira a conseguir chegar à final da modalidade C1 (Canoa individual) e, com o feito, se tornou a melhor campanha do Brasil.

 

Apesar da pouca idade, a canoísta se destaca pela experiência ao ter participado de três olimpíadas representando o país.

 

A final em Tóquio é o ápice de uma trajetória que passou pela estreia nos Jogos de Londres, em 2012, com apenas 16 anos.  E também participou das Olimpíadas do Rio quando foi eliminada após um erro na descida. Nas duas vezes, ela competiu na modalidade K1 (caiaque).

 

Além das Olimpíadas, ela acumula quatro medalhas em Pan-Americanos e um ouro inédito em uma etapa da Copa do Mundo, no ano passado.

 

Veja a publicação de Ana:

 

 

 

Comentários estão fechados.