Centro de pesquisa contra câncer de Cuiabá é o único no Centro-Oeste; veja

Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: Divulgação

Mato Grosso conta com um importante Centro de Pesquisas do Câncer e que atua na região já há quase 10 anos. André Crepaldi, oncologista e pesquisador da Oncolog, explica que durante a trajetória do local, cerca de 200 pacientes foram recrutados e 13 pesquisas foram lideradas, incluindo um estudo sobre a covid-19.

O Centro de Pesquisas do Câncer da Oncolog é o único na região Centro-Oeste que possui o selo ONA de qualidade, uma acreditação, que é reconhecida internacionalmente. Crepaldi explica que o projeto começou ainda em 2015, dentro do Hospital do Câncer, em Cuiabá.

“Com a expansão do projeto, trouxemos o centro de pesquisa para o prédio onde a Oncolog atua. Temos quatro médicos pesquisadores e atualmente lideramos sete estudos em diversas áreas do câncer”, pondera.

Entre as pesquisas, estão avanços para tratamento de câncer de mama e no colo de útero, por exemplo. Boa parte desses estudos são financiados por grandes farmacêuticas, que têm interesse em novas drogas disponíveis no mercado.
O processo de seleção e recrutamento para participantes costuma ser extremamente rigoroso. Crepaldi explica também que o processo é longo. “Algumas pesquisas levam anos para serem iniciadas, pois existe toda uma ética e rigidez em diversos protocolos a serem seguidos”, diz.

Novos estudos

Neste segundo semestre, o Centro iniciará novos estudos na área do câncer de mama, financiados pela AstraZeneca, e estudos do câncer de Mieloma Múltiplos, financiados pela Janssen.

Crepaldi explica que qualquer paciente oncológico com a doença na área do estudo pode se candidatar. “Existem muitos critérios a serem considerados até o paciente estar apto a ser o objeto de estudo. Recrutamos 40, 50 pessoas e por muitas vezes nenhum se encaixa nos critérios”, diz.

Além da ética, todo o processo é de extremo sigilo e gastos como transporte são custeados pelo centro. Para Crepaldi, o centro simboliza esperança para aqueles que convivem com o diagnóstico.

“Lidar com o câncer não precisa ser necessariamente uma sentença de morte e o nosso trabalho aqui é de trazer novas possibilidades de qualidade de vida e tempo de sobrevida dos pacientes” finaliza.

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