PGR alega calote de R$ 23 milhões e quer anular delação de Silval
O vice-procurador-Geral da República, Humberto Jaques de Medeiros, pediu a rescisão do acordo de colaboração premiada do ex-governador Silval Barbosa.
O procurador alega que Silval “deu calote” de R$ 23 milhões e, portanto, descumpre o que foi acordado com a Justiça. Ao todo, Silval concordou em devolver R$ 70 milhões aos cofres públicos.
Silval, segundo a PGR, estaria descumprindo o acordo desde março de 2020.
Já a defesa do ex-governador alega que entregou bens imóveis à Justiça e que já foram avaliados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Os bens entregues são: uma área de 7 mil metros quadrados no bairro Parque Ohara, em Cuiabá, avaliada em R$ 2,7 milhões; uma área de 1 mil metros quadrados no bairro Jardim das Palmeiras (R$ 677 mil) e uma fazenda de mais de 41 mil hectares em Sinop, avaliada em R$ 18,7 milhões. Os bens totalizam R$ 22,1 milhões e faltaria R$ 1,3 milhões para quitar o acordo.
“Como se pode perceber dos documentos abaixo indicados, sobre os bens referidos, já houve sim avaliação e aceitação por parte da Instituição Procuradoria-Geral da República, de modo que, esse assunto era tema resolvido, não configurando qualquer sorte de impasse”, sustenta Silval.
A defesa pede a alienação dos imóveis, entretanto a PGR quer o pagamento em dinheiro. Alega ainda que a entrega dos imóveis não foi concretizada e que ficou apenas no campo das negociações. Porém, a defesa estaria alegando de forma insistente a entrega das áreas localizadas em Cuiabá e Sinop.
“O que temos nos autos é um capítulo processual da busca dos efeitos do fenômeno que a psicologia convencionou chamar de “ilusão da verdade’: A redundante repetição de uma versão pouco importando se por engano ou engodo — cria uma expectativa e uma atmosfera para assunção disso como verdade”, afirma o procurador Humberto Jaques.
Imagem: Reprodução
Fonte: https://www.reportermt.com.br/poderes/pgr-alega-calote-de-r-23-milhoes-e-quer-anular-delacao-de-silval/134268
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